Deus... nunca muda de idéia nem se arrepende do que faz ... ou, às vezes, volta atrás e se arrepende?

Deus... nunca muda de idéia nem se arrepende do que faz ... ou, às vezes, volta atrás e se arrepende?

 

Deus...

... nunca muda de idéia nem se arrepende do que faz ...

(Ml 3:6) Eu, o Senhor, não mudo.

(Nm 23:19) Deus não é homem para que minta, nem filho do homem para que se arrependa.

(1Sm 15:29) Aquele que é a Glória de Israel não mente nem se arrepende; pois não é homem para que se arrependa.

(Ez 24:14) Eu, o Senhor, o disse. Será assim, e o farei. Não tornarei atrás, não pouparei, nem me arrependerei.

(Tg 1:17) Toda boa dádiva e todo Dom perfeito é lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.

... ou, às vezes, volta atrás e se arrepende?

(Êx 32:14) Então o Senhor se arrependeu do mal que dissera havia de fazer ao seu povo.

(Gn 6:6-7) Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra, e isso lhe pesou no coração (...) pois me arrependo de os haver feito.

(Jn 3:10) Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria, e não o fez.

(2Rs 20:1-7) Ezequias adoeceu e o profeta Isaías disse: Assim diz o Senhor: Põe a tua casa em ordem, porque morrerás e não viverás. Ezequias orou ao Senhor e chorou muitíssimo. Então o Senhor fez Isaías voltar e falar para Ezequias que tinha ouvido as orações e o curou.

(Gn 18:23-33) Abraão consegue convencer a Deus que não deveria destruir a cidade de Sodoma se lá encontrasse pelo menos 10 justos. No início todos seriam destruídos, justos e ímpios, mas com a interferência de Abraão, que demonstrou ser um excelente argumentador, o Senhor amoleceu o coração e passou a ser mais condescendente. Dos 50 justos que havia falado anteriormente, se conformou em procurar apenas dez.

(1Sm 15:35) E o Senhor se arrependeu de haver posto a Saul rei sobre Israel.

(Jr 18:8-10) Se a tal nação, contra a qual falar, se converter da sua maldade, também eu me arrependerei do mal que pensava fazer-lhe (...) se ela fizer o mal diante dos meus olhos, não dando ouvidos à minha voz, então me arrependerei do bem que tinha dito que faria.

 

RESPOSTA:

Deus nos castiga pelos pecados que de fato cometemos. Em nenhum lugar da Bíblia o cristão justificado paga eternamente pelos pecados dos pais. De maneira inequívoca, Deus afirma que um filho que age com retidão, ainda que tenha um pai pecador, Deus nunca falha; nunca hesita; nunca muda. Por sua própria natureza, Ele é fiel e leal às suas promessas e alianças. Mesmo assim, esse atributo de fidelidade de Deus não exclui a possibilidade de Ele alterar seus planos ou intenções sob determinadas circunstâncias. Por exemplo, Deus realmente muda, às vezes, seus planos no tocante a juízo, em resposta às orações intercessórias do seu povo fiel (ver Êx 32.11,14) ou como resultado do arrependimento de um povo iníquo (Jn 3.1-10; 4.2).

Intercessórias são as nossas orações, exemplo o arrependimento de Ezequias a favor de Israel (2Cr 29.3-10,36); a suspensão do castigo de Nínive (Jn 3.1-10). A vontade de Deus é dinâmica. Como em qualquer outro relacionamento, o de Deus com a humanidade implica dar e receber. Deus adapta as suas reações às nossas; nós adaptamos as nossas às de Deus. Portanto, nesse sentido, podemos dizer que Deus às vezes muda de idéia para atender às nossas orações.

Ao mesmo tempo, a vontade de Deus é resoluta. Ele institui decretos e fez promessas que não podem mudar. Cumpriu a aliança firmada com os israelitas (Dt. 7.7,8) e cumpre o novo concerto que fez conosco (Jó 6.37-40,44).

Deus quer de nós obediência à sua vontade. Predeterminou de que modo devemos corresponder, mas temos a liberdade de reagir como quisermos (Sl 143.10; Hb 10.35-39; 1 Ts 5.16-18; 2Pe 3.9).

Deus está no controle. Podemos comparar a relação entre Deus, sua vontade e seu povo como uma partida de xadrez entre um novato e um mestre. O iniciante pode fazer o lance que quiser, e o mestre jogará de acordo com o lance feito. Mas o mestre estará sempre no controle do jogo. A analogia é limitada e não pode ser levada muito adiante: o povo de Deus “ganha” quando faz a vontade do Mestre


 

Fonte: Jesus Site por Miriam R. T. Argachof