Disse Jesus: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração; porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve; e achareis descanso para as vossas almas” (Mateus 11.28-30)
O Mestre estava convidando as pessoas para uma relação com ele, mas como seria isso? Qual seria o sentido daquela proposta?
Jesus utilizou a palavra “jugo” como a essência do seu convite. Precisamos, portanto, compreendê-la para que percebamos todas as implicações de um compromisso com Cristo.
O jugo é usado também como figura do casamento. Daí vem as expressões “vida conjugal” e “cônjuges”. Paulo alertou os coríntios sobre o risco do “jugo desigual” (IICo.6.14). Esse texto é muito usado para advertir a respeito dos casamentos mistos. Não podemos fazer uma regra inflexível a este respeito, mas consideramos prudente, sempre que possível, evitar-se o casamento entre cristão e ímpio. Seria como colocar, debaixo do mesmo jugo, dois animais de espécies diferentes. Por exemplo, se colocarmos um boi e um cavalo para puxarem o mesmo carro, teremos muitos problemas. São animais diferentes, com tamanhos diferentes, naturezas e hábitos diferentes. É natural que o cavalo dê muitos coices e, de troco, ganhe muitas chifradas. O trabalho de uma dupla assim não será satisfatório, e pode até ser considerado impossível.
Espiritualmente falando, aquele que não serve a Cristo está sob o jugo de Satanás, é seu escravo. Quando nos convertemos, atendemos ao convite de Jesus (Mt.11.28-30) e nos livramos do jugo maligno. A partir de então, recebemos sobre nós o jugo do Senhor. É como se eu fosse o boi novo e Jesus fosse o boi mais velho que caminhará ao meu lado.
Muitos querem comunhão com Jesus, mas não querem ser submissos a ele. É como se dissessem: “Jesus, fique ao meu lado, mas não queira mudar meu itinerário”. Querem as bênçãos de Jesus, mas não os seus mandamentos. Isso acontece também no casamento: muitos querem os benefícios, mas não as responsabilidades.
O boi bravo não aceita o jugo: esperneia, pula, sacode e sai correndo. Não serve para a lavoura, só para o rodeio, mas Deus não tem rodeio. A igreja é comparada à lavoura (ICo.3.9). Pessoas assim não se submetem, não se prendem, não têm vínculos. Isto pode ser observado na área profissional, sentimental, familiar, e até mesmo dentro da igreja. Planta sem raiz não cresce, morre.
Alguns querem obedecer a Deus sem se submeterem aos líderes que Deus estabeleceu. Isto está contra os princípios divinos. Tais pessoas usam a liberdade cristã como desculpa para a independência e a rebeldia.
2 – esterilidade – o jugo existe para que o trabalho seja feito e a produção seja alcançada. Aquele que rejeita o jugo não realizará trabalho algum. O galho precisa estar preso à árvore (João 15). O galho solto não produz frutos e só serve como lenha.
3 – desvio – o boi novo, preso ao boi mais velho, não sairá da trilha. Aquele que rejeita o jugo errará o caminho e poderá se desviar e se perder. Errar o caminho pode ter vários sentidos, desde tomar decisões erradas no dia-a-dia até o abandono da fé.
“... E achareis descanso para as vossas almas” (Mt.11.30)
Fonte: Anísio Renato e Joyce